sexta-feira, 1 de maio de 2015

A Zoofilia na História


A zoofilia é uma "parafilia" que normalmente se associa a atração sexual que um ser humano sente pelos animais de outras espécies. Essa conduta tem estado presente ao longo da história da humanidade. Na mitologia grega e romana, Agenor, filho de Netuno, teve uma filha chamada Europa, que era belíssima. Para conquistá-la, Júpiter se disfarçou de touro. Do fruto desse amor curioso nasceu três filhos, dos quais dois foram juízes do inferno. Júpiter, disfarçado de cisne, também conquistou a bela Leda e dessa união nasceram Castor e Pólux, que vieram ao mundo depois de terem sido encubados em ovos.

Existe uma pintura rupestre na Itália no qual um homem tem relações sexuais com uma burra (Gregersen Edgar. Costumbres Sexuales, Pág. 290). Em muitas das tribos da América do Norte era comum que os homens copulassem com castores, alces e outros animais (Op citada 271).


Em algumas culturas existem mitos que afirmam que a origem do homem foi produto da relação entre um ser humano e um animal, como os esquimós, que acreditam que surgiram da união de Sedna com um cachorro. Nessa relação tiveram vários filhos, uns cães e outros homens. Desses últimos, segundo o mito, descendem os esquimós.


O historiador português Pedro Dufour conta, em sua "História da Prostituição", que, em 1556, em Colônia, espalhou-se a notícia da presença do diabo num convento de freiras. Depois, descobriu-se que o tal diabo era simplesmente um enorme cachorro que as religiosas tinham educado na prática da libidinagem.

Em muitas religiões, sobretudo as que têm a cosmovisão judeu-cristã, o ato sexual está destinado exclusivamente a procriação, o que fez com que surgisse na Idade Média uma curiosa classificação dos diferentes tipos de luxúria, dos quais se dizia que iam contra a "ordem" moral estabelecida, que incluía o adultério, o estupro, o sacrilégio, o incesto, etc; e outras iam contra a utilidade, como a simples fornicação sem intenção de procriar e o vício contranatura.


Nas regiões rurais da Costa Caribe colombiana era frequente o fênomeno do bestialismo como prática de iniciação sexual dos jovens. O poeta colombiano Raúl Gómez Jattin (1945-1997) escreveu um famoso poema a uma burra que diz: Te quiero burrita porque no hablas ni te quejas/ ni pides plata/ ni lloras/ Te quiero sola, como yo/ sin pretender estar conmigo.

Não há dúvidas de que a liberdade sexual dos século XXI está expandindo o fenômeno da zoofilia. 



Pintura mural encontrada em Pompéia


Tradução e adaptação: Roberto Wolf